domingo, 23 de dezembro de 2012

Soneto de amante

Recitou aos ouvidos que logo morrerei,
Amorteceu minha boca de doce balada,
Zero foram alguns dos beijos que dei
Com o sabor da fruta envenenada.

Envenenar com solidão um amante
É como empurrar um coração suicida,
Fixar sua morte em céu não estrelante
Ou ocultar do céu o luar da vida.

Hoje o amor me tornou um cadáver
Morto de amor, mas ao seu lado
Já que mataram seu maior aliado

Nas profundezas do seu ser infernal
Amante e amor ainda vivem por aí.
Sendo assim, morto operante é imortal.