sábado, 19 de dezembro de 2009

O Caminho

A vida vai passando e nos levando
Caminhos vamos seguindo
Em um ¨acaso¨, caio defronte a vida
Aos poucos ela vai me abraçando
E uma maravilhosa história é contada
Me divirto como nunca antes feito

Era o começo da busca

Que agora, passa pelo meu interior
Conheço a saudade, a solidão, a tristeza
Entro em parafusos, a semente proferi
Ouço a voz da minha consciência íntima
Me conheço como nunca antes feito

Mas ainda não completo de nada
Princípio a tomar conhecimento do caminho
Ele parece ter cada vez mais um propósito
O caminho parece agora ter sentido
Mas a vida começa com seus estorvos
Mesmo assim tudo me clareia
Tenho certeza como nunca antes feito

No fim, a vida parece estar em ruínas
Nada parece dar certo, a vida se escarra
Tudo antes conquistado perde o sentido
O sonho parece não ser alcançado
E no fim depois de muito ardor,
Como as vezes é o caminho
A vida alcança o sonho
E agora sonho como nunca antes feito

Então. Eu só agradeço a vida
Tudo que passei, tudo que vivi,
E tudo aquilo que aprendi.
Agora que silencio em palavras,
Falo tudo em correntes gotas de sal.
Sou grato pela vida como nunca antes feio
.

O que parece o fim

Um vazio penetra em meu corpo
Meus olhos se comprimem,
minha boca se enruga
Meu rosto toma forma de uma triste careta
Meu corpo todo se envolve em lembranças
Lembranças belas escorrem como avalanches dos meus olhos
Lembranças tristes, são arremessadas como um vulcão arremessa sua lava com fúria
Esperança é o tempo, tempo impiedoso que
tantas vezes o condenamos pela sua voraz rapidez
agora nos massacra,
nos condena com sua lentidão
com a sua interminável chegada
Espera... Espera que o tempo lave com agua doce e cristalina
todo o meu corpo
Não as imagens que conquistei no amor e na vida
mas sim, aquela tristeza que ofusca toda essa primavera de conquistas
E assim como as estações do tempo
essa primavera volte a florir meu rosto e meu corpo.

A Semente

Descambo-me sobre a Terra
O sol lança seus intensos raios
A terra me suga
Me perco debaixo dela
O tempo me traz a vida

Broto novamente defronte ao sol
Com um novo olhar
Com uma nova vida
Agora sinto o frescor
Percebo a passagem do vento
Tudo me toca em consciência intima

Chega então a transparência
Gratifico-me com a fotossíntese
Tudo que a terra, o vento, o sol
Tudo que me conceberam
Agora retribuo de todo meu íntimo
Enfim brota a Arte.