terça-feira, 24 de setembro de 2013

Soneto - Foi a desodiar.

Meu tempo tornou-se farto
Após ser mendigo do ódio
Nunca prosperei desse quarto
Nem mesmo me atei ao episódio.

Não se travou ao menos pelejas
Em meus aos seus... oque sejas
Não tive resistência, me rendi
Esse foi o instante em que venci.

Me rendi não à derrota ao ódio
Mas ao esquecimento dele
Não havia significado próprio.

Inflaram-me inteiro o interior.
Foi um espasmo de só vazio
Vazio de tudo o que não é amor.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Soneto do Olhar

Aquele olhar da menina dos olhos
Iris verdes acompanha o belo riso
Quão afortunada é essa aliança
Superando limites a quimera da forma.

Tão perto da arquitetura perfeita!
Neles posso ver por dentro, o todo
É como não só ver a terra em diminuto
E sim toda a composição galáctea.

Porem seu defeito é imperdoável
A luz dos seus olhos não reflete
Não vê o iluminado que há dentro.

Afianço os meus olhos a você
assim quando houver um desalento
vai olhar para dentro, com meus olhos.