Todas as tardes de orvalho,
Eu olhava o escuro do menino.
Tinha o andar de solidão.
Os pés eram bem ligeiros,
Trazia consigo um sorriso.
De manhã acordava o sol.
Lembro do olhar de roupa
Que lhe vistia tão bem.
Disfarçava os trapos de ermo
Que ele respirava da flor.
Aquela flor na garrafa vazia.
O bebado já havia a tragado.
As letras que o menino sorria,
Caia nos braços de cada esquina
E foi entorpecer os seus abraços.
O menino não compõe mais resina.
Ele ali, perdia os próprios passos.
Foi escorrendo de estar só.
Mas ao anoitecer, já de pernas
Eu vi o menino no escuro.
Já nem era mais um menino.
Ainda tinha o andar de solidão,
Os pés ligerios e seu sorriso!
O sol o levará para ver a lua.
Alguns dias levaram ele, eu vi
Trupicando de andanças torta.
Vai o que já não é mais menino,
Tentando subir na arvore morta.
Pegou os passos que cairam dai
E da fonte bebeu o amor por si.
De escuro não via mais o menino.
Nem mesmo as pernas já crescidas
Procurei, eu desejava a hsitória.
Ela partitura as minha lagrimas.
E no ultimo gole do amor por si,
Percebi que o texto eu que escrevi.