sábado, 16 de novembro de 2019

As suas faces

Naquela manhã de manchas caídas
eu subi em uma arvore de solene
e estava rebuscado o horizonte
havia um monte de duvidas polidas

Eu te confesso que ainda sou guri
E não sei findar meus sentimentos
Tenho um atraso em deixa-los sair daqui
Faço deles meu açude e mato a sede.

Fui subindo e me coloquei em órbita
De la pude ver o azul que aqui habita
E esse azul que bebemos é a esfera
Que gera todo essa vida de sentimentos.

Chaga a ser insensato os tantos eus
O eu que quer fazer, o outro descansar
O eu que quer solidão, o outro namorar
O eu que quer realizar, o outro sonhar
O eu que quer viver, o outro morrer
O eu que quer ser alguém o outro existir

Depois de escrever tudo isso correndo
E ler em pausa, lento, separando as silabas
Pude ver que sou tudo isso e mais um pouco
E olha, eu não sou louco! Sou é vivo

E enquanto vivo sou corrente de águas
tenho magoas, tenho alegrias, tenho tudo
Tenho vida e meu sentimento não é mudo
Ele fala pelos cotovelos e é bom ouvi-los

Velos passantes como estrelas cadentes
Levá-los como passageiros ao seu destino
Tocar o sino e deixar o sentimento partir
Sentar na praça e ver os dias de sóis poentes

E assim como não quero a eternidade do dia
O ensurdecimento do badalar eterno do sino
Ou viajar sem em dia nenhum poder chegar
Quero apenas aceitar minhas as faces da Lua.












domingo, 10 de novembro de 2019

Para onde vai a estrada

Eu tenho sido as estradas
com as curvas acentuadas,
No cair de água fico escorregadio
Fácil de cair no barranco da mágoa.

Por sua vez, ela me leva
A lugares desconhecidos
De encontro a aos meu desejos
E tenho lampejos da minha Eva.

Eu beijo Eva ao cair da tarde
Eu beijo ao anoitecer, ao amanhecer.
Eu beijo-a tanto, que meu corpo arde
E passa a mudar a origem do pranto.

Antes ela vinha por não te-la
E a eloquência era para vê-la
Ansiava  e me desconectava afim de...
Até que, enfim eu supri a minha sede.

Foi assim que senti a curva
Que converteu o sentido
Da ansiedade que me deixava desaurido
Ao procurar persistente os beijos de Eva

Agora que a tenho em horas
E acordo nela cheirando flores
Não sei por que sinto as mesmas dores
E a estrada em outra curva ainda choras.

Mas sigo seguindo o caminho
Eu tenho jeito para achar as retas
E de viagem em viagem vou beijando Eva
Até descobrir para onde essa estrava me leva,