segunda-feira, 15 de maio de 2017

Soneto Meu

Ouvi dizer que vivo em uma ficção,
Onde o mundo é pura idealização.
Lá, as minhas emoções conversam
E os meus pensamentos silenciam.

Meu tesouro está no fundo do olho
No x da verdade, na igualdade.
Meus olhos cerrados vêem claridade,
E deixa os fios de padrões de molho.

Garimpo a vida a achar diamantes
Que se encontra no amor dos momentos,
Sem vos poupa-los no bau das estantes.

Quero sim degustar corajosos atos
Nutrir-me dos vocábulos das verdades
E sentir o prana de outros pratos.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Os dizeres do sentir

Sei que minhas palavras muitas vezes não entoam,
Mas o que sinto vibra tão eloquente,
Que se prestar atenção saberá tudo que quero dizer.

Pés no chão

Cascalho é o galho da arvore que caiu
E enrijeceu de tristeza por não dar frutos
Encobriu os caminhos de terra sadio
Que não escoam mais as águas das chuvas.

E os beija-flores que beijam cascalhos
Já diluídos em flor bem aquariana,
Que revoluciona ao nascer em retalhos
De quem já teve um dia os pés na cor terrana.