segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Um bocadinho dela

Eu chego até você como um rio calmo,
De águas mansas, com a serenidade costumeira.
As palavras se entrelaçam em emaranhado
como ditas por uma boca só, afinação total!

O tempo que para muitos és um bandido,
Se torna divino, o artista construindo a obra
E conforme ele pinta seus olhos, o seu olhar,
Aquele rio calmo se torna arretado que só.

E quando a tinta chega em seus lábios
E uma gota cai um pouco a cima, suspiro!
Ai não da mais para aguentar a lonjura não,
É como deixar um peixe fora do aquário.

Cada olhar seu impõe uma atracão de lasca,
Assim só de encostar as mãos já permeia
A tensão, a fronteira até o limite possível
Onde há uma explosão, um arrebatamento.

Isso é causado pelo simples, porem sublime
Envolver de bracos, deixando-a pertinho do peito,
E nesse pulsante peito um bocadinho dela fica
Deixando o meu coração em apaixonamento