sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sinestesia

Quando os meus nervos incham
e se cobrem de cor fosforescente
Sigo dois caminhos:

Primeiro me banho de tudo em demasia
me rodeio de vozes, cores,
almas e energia

encontro o conflito sinto falta da calmaria
me vejo em uma sala de espelhos

Segundo me banho de nada
me coloco em silêncio
fujo do mundo de tudo e de todos

encontro o conflito sinto falta da histeria
me vejo em uma sala de espelhos

Revela-se a fuga, uma fuga em vão
Quanto mais corro mais me encontro
Quanto mais brinco de esconde esconde
mais perco

Enfim descubro do que me escondo
e sei que é impossível ganhar,
não ha meios de fugir de mim mesmo.

domingo, 11 de julho de 2010

Descontrolado

Encontro-me no centro das chamas,
Um arder confrontando razão e Impulso;
Impulso esse que é forte demais,
se sobrepõe à razão minimizando-a em grãos.

Razão, grãos de formigas que
em milhões tornam-se imensas.
Imensa razão que controla os impulsos
Porem sem certa precisão.

Desnecessaria é a precisão,
já que só alcançada por seu Deus.
Carne que envelhecê, alimenta
outros animais, tenta atingir a
perfeição; sem o sabor da convicção.

Balança medindo as ações
no centro do equilibrio.
As mãos, sempre acima
ou abaixo ficam, assim questionam:
Aonde está nisso tudo
o sentido e a emoção?