sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Paraíso do Prazer

Um momento de tonos
Tato aguçado ao máximo
Dois interiores de uma onda
Que devagar vão se salgando
Salgando o calor da confluência
entre esses mares fervilhantes.

Do vapor, investe as mãos ocultas
Revelando sem medo o mar
Quanto mais o conhecimento
Mormente viril se torna a onda
Fervilhando agora em grau maior

Na explosão ao augir da onda
Os panos se esquivam
O cru das matérias revela-se
Enaltece então a ebulição
A maré regride, o sol toca o mar
O paraíso é a visão do Prazer

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Soneto do Desencontro

Como o olhar suporta
Ser grande ver o inalcançável
Depois ser tímido, não enxergar
Somente olhar sem devorar

Como o abraço suporta
Ser longo, sentir o extremo
Depois ser curto, não encostar
Somente abraçar sem sufocar

Como pode o amor suportar
O desfazer de um encontro
Que do amor se fez

Como pode o amante suportar
Um sussurro que hoje é
Pouco e amanha talvez

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Tempos Modernos

Hoje não vejo mais nada
Tempos modernos esqueceu-se do amor
Esse moderno sem cor
Espero que não seja eterno

Moderno esse que se diz livre
Mas livre do que? Da sensibilidade
Da compaixão e do amor?
Então me prendam não quero ser livre

Humanidade sem sensibilidade
Coração sem amor, não...
Não quero esse negócio de
Tempos modernos pra mim não

Soneto do Amor

O amor é como um Pescador
Sereno no seu barco com paciência
Sugando das aguas a essência,
Granjeando historias de sonhador

O amor é como um Guerreiro
Ele não teme ser desbravador
Tem a alma de um aventureiro
Entretanto não deixa de ser sonhador

O amor em si é belo
O belo em si, não é amor
Amor é magia, sintonia, é elo

O amor no amor é verdadeiro
Enquanto dura, mas se acaba
Ainda assim foi por inteiro

Poesia Amor Tristeza e Alegria

Espero o sol em minha porta
Trazendo a minha luz de volta
Radiante se torna a mão do poeta
Tendo o coração cruzado pela seta

O amor sem o poeta, perde a essência
A cadencia, o poeta sem o amor
Perde a mão, não escreve nada não
Poesia e amor tem que andar em companhia
Havendo tristeza e alegria
Porque na tristeza também ha beleza

Tristeza machuca, cutuca
Mas inspira a minha mão
E deixa ampla a minha visão
E então o poeta cria

E o que falar da alegria
Que me enaltece, me engrandece
Ah... Se Amor e Poesia eu tivesse todo dia
Muito melhor minha vida seria