Nos rios do meu pudor
Não correm correntes
Que não são do amor.
A infecção mata a vida.
A vida que há em mim
Se evapora ríspida
Sem água lunar dentro.
O imã da carne faz a ocupação
Um vicio visceral incontrolável
Te suga ao centro da tentação.
O Homem que perde as raízes
as de dentro, aquelas da alma
se parece com um galho tombado
as folhas do passado secam.
Todo o fruto que dali colhi
eram para a criação do amor
Mesmo aqueles que estavam verdes
pela ansiedade e o pavor.
Não era a hora do apanhado
Esses frutos mordidos de prazer
deixam na água um manchado
E entristecem o meu ser!
Eu queria banhar na cachoeira...
E abaixo dela poder viver...
Sabe, sentir na queda do meu saber
quando sim e quando não morder.