sexta-feira, 21 de maio de 2021

Palavras de Arvore

 Enquanto cedem as minhas irmãs

Faço um apelo.


Eu Abro a cortina

Verde,

Colorida,

De abraços a cor.


Respirar puro!

Filtrar,

Amenizar

Sombrear o calor.


Puderas o bicho evoluir

Aumentar, sem me transpor?


Que as pernas imóveis

Espace,

Transpire,

Sem tênis pavimentado.


Onde o descaço caminhe,

reviva,

recomece,

sem ter raiz queimado.


E a paciência doar tempo,

Aprendizado, o homem ser plantado.


Que de raiz e planta,

Dos pés,

No chão,

Um pássaro o humanize


Espalhe a semente por ai

Que brote

Que cresça

E floresça frutos de amor.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

O mito da borboleta

Do pé de vento nasceu uma criança,

Ela nasceu feito borboleta voando.

Quando ainda era casulo já ouvia

E a pupa se enchia de despropósitos.

Até dizerem que ela seria pássaro, 

Águia, mariposa, os dizeres a preenchia

E de gole foram propositando suas asas

Que de peso enferrujou e não voava.

No lombo da vida ela fez um ninho

E foi de passageira enquanto enrugava.

As rugas eram puxadas pelo anuviar

Fazendo o caminho de ser entupido.

Se entupiu com tantos copos de rótulos

Que ficou embriagada de paradigmas

Nas asas que antes existia arco-íris

Só batia o amarelo opaco do permanente.

A permanecia das asas em uma só cor

Perde o sabor de voar ao amanhecer,

Perdendo de vista o movimento do chão

Que de tanto rastejar o movimento,

Descobre que a incompletude pode voar,

Que as assas se despregam com o que falta

E do não saber pode-se dizer borboleta.