quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Perplexidade do Pensar

Convicção distanciada,
Distinta razão
Em vão devaneio
Perante a difusão
De pensamentos.
A interlocução
Por intermédio
Das reflexões,
Ora adentra
O vasto discernimento,
Outrora infere
A conjectura insensata.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nascimento até o fim

O quão bom é viver, o quão bom é sentir,
vivenciar as particularidades, as diferenças.
Conscientizar-se de que é bom ser feliz,
porem logo um dia triste virá, é inevitável.

Ver a beleza na tristeza e se deliciar dela,
Aguardar o amanhecer de outro sentimento
Como quem acorda em um outro dia
E segue o improvavél de cada passo dado

Contudo é inimaginável a beleza postada
pela obscuridade das sentenças do amanhã,
a vida assemelha-se a imagem do céu e o mar
o encontro no horizonte dessas duas beleza.

Esmero alcançar o caminho das rosas
trazendo saciado os espinhos comigo,
miro os belos jardins verdes e floridos
dando também amanho as flores beges
que lah já haviam morrido.

Eu sei que Deus me deu a "graça" do pensar
fez da minha cabeça uma corrente elétrica
com milhões de neurônios sem botão de desligar
sem que derrame sangue por ser eclética.

Sei que Deus me deu a "graça" das diferenças,
fez da minha diferença pinceladas de etnia
com milhões de cores, formas e crenças
sem que derrame sangue do que nos diferencia

Tempo é o qual está percorrendo atualmente
Lembro do que foi traspassado no caminho
como o tempo que se era sempre aprendiz
espero, anseio do que esta por vir
receber com agrado o nascimento até o fim.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Soneto Comodista

Vem meu amor, vamos sair da caixinha,
Dessa metódica musica que origina fraqueza
De uma nota só, de melodia sem linha;
Do que ouço ao corpo sem destreza.

Afeta-me os fortes ventos vindo do sul,
Que sem norte fez imortal o improviso.
Tamanho canto em desmedido azul;
Que a existência só clareia meus ouvidos.

Vem, meu amor, vamos improvisar,
A musica de uma nota só cansa,
A dança sem o movimento não é ar;

Amor vizinho sempre terá fome de ritmo
Sustente a cadencia, dança e improviso,
E assim a musica do amor não irá ao abismo..

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sinestesia

Quando os meus nervos incham
e se cobrem de cor fosforescente
Sigo dois caminhos:

Primeiro me banho de tudo em demasia
me rodeio de vozes, cores,
almas e energia

encontro o conflito sinto falta da calmaria
me vejo em uma sala de espelhos

Segundo me banho de nada
me coloco em silêncio
fujo do mundo de tudo e de todos

encontro o conflito sinto falta da histeria
me vejo em uma sala de espelhos

Revela-se a fuga, uma fuga em vão
Quanto mais corro mais me encontro
Quanto mais brinco de esconde esconde
mais perco

Enfim descubro do que me escondo
e sei que é impossível ganhar,
não ha meios de fugir de mim mesmo.

domingo, 11 de julho de 2010

Descontrolado

Encontro-me no centro das chamas,
Um arder confrontando razão e Impulso;
Impulso esse que é forte demais,
se sobrepõe à razão minimizando-a em grãos.

Razão, grãos de formigas que
em milhões tornam-se imensas.
Imensa razão que controla os impulsos
Porem sem certa precisão.

Desnecessaria é a precisão,
já que só alcançada por seu Deus.
Carne que envelhecê, alimenta
outros animais, tenta atingir a
perfeição; sem o sabor da convicção.

Balança medindo as ações
no centro do equilibrio.
As mãos, sempre acima
ou abaixo ficam, assim questionam:
Aonde está nisso tudo
o sentido e a emoção?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cotidiano Banal

Desperto novamente nesse dia simétrico.
Acostumado, passo a fazer costumes
Provindo sem a minha vontade;
É espinhoso dissipar essa simetria

Dia após dia, mergulho no habitual
Nado contra a rotina que me subtrai
Escalo o pico mais alto e bruto, caio
Penso em recorrer-me ao sofa

No escopo da noite sinto veemente
Não estou acostumado aos meus costumes
Mesmice do dia, marionete da vida
Apetece-me um tornado de ator criador

Travo uma batalha de pensamentos
Batalha de pensamentos, idéias e vida
Com um super objetivo mediando para:
Acostumar a desacostumar dos costumes

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Desejo Infinito

Amo e sou feliz por amá-la
Amo no molde imperfeito
Contudo amo, e sou feliz por amar
Amor, uma simples palavra
Embora uma intensidade de sentimento
Tão grande, que não pode ser mensurado.

Meu Amor transcende o que conheço
E o que já vi, Amo-a em grau inalcançável
Amo-a na ideal beleza dos seus movimentos
Fito seus traços, sua pele, seu sorriso
Amo unicamente fitá-la, apreciá-la
Amo-a em um horizonte distante
No âmago amo-a ainda mais

Ponho a exprimir da boca então
Os dizeres das simples quatro letras
Sintetizar em palavras essa sensação
Intrinca em tensão meus pensamentos
E ameno, enfim tomo a decisão
De amar e saber se dar.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

DESFECHO DE QUINTA

Te amo e te odeio em questão de minutos

Entro em êxtase, minha sensação, meu tesão

Começa loucura... Me deixa em movimentos livres

Não sei porque choro e logo caio no riso

Torna-se um enamorado. Silêncio, medita roda de abraço

Ponha-me derradeiro a dizer:

-Obrigado!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Paraíso do Prazer

Um momento de tonos
Tato aguçado ao máximo
Dois interiores de uma onda
Que devagar vão se salgando
Salgando o calor da confluência
entre esses mares fervilhantes.

Do vapor, investe as mãos ocultas
Revelando sem medo o mar
Quanto mais o conhecimento
Mormente viril se torna a onda
Fervilhando agora em grau maior

Na explosão ao augir da onda
Os panos se esquivam
O cru das matérias revela-se
Enaltece então a ebulição
A maré regride, o sol toca o mar
O paraíso é a visão do Prazer

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Soneto do Desencontro

Como o olhar suporta
Ser grande ver o inalcançável
Depois ser tímido, não enxergar
Somente olhar sem devorar

Como o abraço suporta
Ser longo, sentir o extremo
Depois ser curto, não encostar
Somente abraçar sem sufocar

Como pode o amor suportar
O desfazer de um encontro
Que do amor se fez

Como pode o amante suportar
Um sussurro que hoje é
Pouco e amanha talvez

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Tempos Modernos

Hoje não vejo mais nada
Tempos modernos esqueceu-se do amor
Esse moderno sem cor
Espero que não seja eterno

Moderno esse que se diz livre
Mas livre do que? Da sensibilidade
Da compaixão e do amor?
Então me prendam não quero ser livre

Humanidade sem sensibilidade
Coração sem amor, não...
Não quero esse negócio de
Tempos modernos pra mim não

Soneto do Amor

O amor é como um Pescador
Sereno no seu barco com paciência
Sugando das aguas a essência,
Granjeando historias de sonhador

O amor é como um Guerreiro
Ele não teme ser desbravador
Tem a alma de um aventureiro
Entretanto não deixa de ser sonhador

O amor em si é belo
O belo em si, não é amor
Amor é magia, sintonia, é elo

O amor no amor é verdadeiro
Enquanto dura, mas se acaba
Ainda assim foi por inteiro

Poesia Amor Tristeza e Alegria

Espero o sol em minha porta
Trazendo a minha luz de volta
Radiante se torna a mão do poeta
Tendo o coração cruzado pela seta

O amor sem o poeta, perde a essência
A cadencia, o poeta sem o amor
Perde a mão, não escreve nada não
Poesia e amor tem que andar em companhia
Havendo tristeza e alegria
Porque na tristeza também ha beleza

Tristeza machuca, cutuca
Mas inspira a minha mão
E deixa ampla a minha visão
E então o poeta cria

E o que falar da alegria
Que me enaltece, me engrandece
Ah... Se Amor e Poesia eu tivesse todo dia
Muito melhor minha vida seria

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O que eu vi

Parto para uma viagem
Das mais belas que já vi
O olhar alcança a imensidão
Carimbada por montanhas

Entre a natureza, e a vida
A força bruta das águas
Uma brutalidade encantadora
Que me toma, limpa minha alma

Passos entre passos, nas trilhas
Minha vista deslumbra a beleza
Do lugar, no céu, balões brancos
Pendurados na imensidão azul

Tudo perfeitamente desenhado
E muito bem planejado
Como o caminho traçado
Por esse avião parado

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Meu corpo vomita sentimento

Desespero-me ao ver as
Imensas possibilidades da vida
Sei que pra mim
O tempo é muito curto
Mas quero aproveitar ao máximo

Quero todos os prazeres da vida
Quero ser intenso, quero ser calmo
Quero ser tímido, quero ser extrovertido
Quero ser frio quero ser sensível
Quero ser livre

Espero que as emoções
Transcendam sobre mim
Até me sentir como um pássaro
Que voa livremente e
Percorre grandes caminhos
Em um curto espaço de tempo

Costume do amor

Quando ocupo apenas um espaço
Sinto falta de dois corpos nele
Quando um vazio toma minha mente
Sinto falta de viver minhas lembranças
Amo muito quando estou sozinho, ou triste

Quero o amor em um todo
Quero uma síntese completa
O amor faz falta, tem esperança
Me consome intensamente
Leva minha total atenção

De prumo, me vejo radiante
Meu corpo, minha mente
Tudo como se estivesse voando
Feliz, livre, solto guiado pelo vento
Uma aurora brilha ao meu redor

Isso sozinho e feliz, nem me lembrei do amor
E agora reflito sobre tudo
Será o amor egoísta? Será o amor
Uma sustentação para nos mesmos?
Será meu amor meu engano?

Vida Selvagem

Algo inexplicável acontece
Quando caminho na inexplicável pintura
Meus olhos se tornam pequenos
Perto da grandeza das imagens
Sinto muito mais do que vejo

Entre montanhas, árvores, pedras
Vários tons de verde predominam
Grandiosas esculturas, parecem
Que foram colocadas perfeitamente
Para que olhos a admirassem

Estar no interior de tudo isso
Se sentir parte desse inexplicável
É se jogar perante a vida
Dentre os riscos, e as aventuras
Que a natureza da vida
Coloca em seu caminho