sábado, 29 de junho de 2013

Na savana

Meu amor se perdeu na Africa
em meio aos animais selvagens
e um labirinto de arvores secas
quase não se via a luz do dia
quase não se podia caminhar
A sua sede era saciada em fezes de elefante
ou em cactos de vida em meio aos espinhos.

Seus jantares eram flores lindas
e seu almoço era caçado na savana
essa selvageria o engoliu garganta abaixo
teve que se juntar a tribo
teve que nadar nos rios secos
teve que gingar nos cipós
dormir em galhos  quebrados.

Caminhou sozinho na clareza vasta
em gestos suaves e lentos
seus passos eram de um felino
seus olhos de águia coruja
mas sua essência era de hiena.
Purificou um gnu na manada
migrou em muitas nuvens carregadas.

Derramou sua chuva que escorreu
matou sua volúpia e fluiu como um rio.
De baixo d'água não se foi
se transformou em um peixe
nadou na águas profundas
até achar a saída e voltar.

Nasceu ainda mais forte
trazendo sua selvageria
seus cantos tribais sua fome e sede
Voltou sem conceito, sem vergonha
Deixou tudo lá, e a unica coisa que
pode carregar com sigo e retornar
Foi a permanência do ser Amar.

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