domingo, 23 de março de 2014

Poder do abraço

Veio a sedução de improviso
Tão costumeira de balanço
Da beleza, do jogo, e império.
Dessa vez ela me sorriu
Transformou o ímpeto fugaz
Em uma serena mãos ao ar
Leve se moveu em minha direção
Passando pelos braços e costelas
Me atravessando profundamente.
Pude só sentir o encostar quente
Seus dedos em minhas costas
Me acalentando e inflamando
Trazendo calor para meu corpo.
Nossos rostos suavemente se tocam
Todo nosso corpo em comum acordo.
Pude senti-la, conhecer seu íntimo
Também me doava, me mostrava
Revelava puramente o sincero eu.
Depois, nossos rostos se curvaram
e assim levaram ao toque dos lábios.
O que antes era necessário e padrão
Se tornou complemento, genuíno.
A pintura livre daquele momento,
Edificou e levou todo prazer ao beijo.

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