sábado, 7 de julho de 2018

Quando eu caiu

Foi a pressa que curtiu em mim
Tao curtida de dores passadas
Que me embriagou em duas goladas,
Nem havia começado e ja era o fim.

Fim que eu criei por pura embriaguez
Por exceder expectativas minhas,
Por deixar a ansiedade me tomar de vez
Tão acostumado com fogo e agora rigidez.

Tão triste me ver ser ignorante a dois
Essa ignorância me faz por máscaras,
Mas eu vejo a máscara isso dói ainda mais.
Sempre dói ver eu sendo a farsa de mim

A verdade se esconde dentro agora,
Mentiras vomitam da minha boca
E apertam o meu peito, me enforca
Porque é lá que minha verdade mora.

Ouvi certa vez qua a relação é universidade
Posso ver claramente que é verdade
Uma força que facilmente me tira da juventude
E faz com que eu adulte tamanha sua complexidade.

Penso em largar minha taça, não mais brindes,
Tenho vontade de sentar, ouvir uma boa música
E beber, beber até cair, ficar lá em solitude,
Solitude não porque estou no caso de solidão.

Me sinto um aluno repetente, anos de reprovação
Estudo a anos e não saio da repetição,
São mais da metade de uma década
E eu lá, parado na mesma cadeira sentado.

Nesse instante sentado com a mão no queixo,
Desanimado e sem saber o eixo de ser aprovado,
Penso que não quero mais me formar a dois
Quero transformar solidão em solitude.

Quero tomar alguns goles de mi mesmo,
Quero pedir demissão, largar a faculdade
Quem disse que a vida é para ter faculdade?
A vida é para viver e ser feliz junto de si.

Ser dono da sua sagrada morada,
Cultivar verdades a cada música falada
E se embriagar de vida, a sua própria vida
E chamar os amigos para brindar cada partida

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