quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Espero aparecer

Do alto eu me vejo como formiga
Só as vezes eu me vi como igual
Esse mal é que me causa fadiga
E me faz não atingir o potencial.

E como as formigas eu carrego
Dez vezes mais culpa nas costas
E o fardo me faz ficar cego,
Tonto dando de cara nas portas.

Olho a atriz, uma moça de modas
E eu, me sinto um sujeito tolo
Que não é para mim aquele bolo
Não sou digno de cantar parabéns.

Que bobagem minha, é meu niver
Não sei por que ter tantos poréns,
Sou tão digno do amor para viver
Como também qualquer outro ser.

Ouço a cigarra ao cair da noite
Que canto maravilhoso é esse,
Minha voz se cala pelo boicote,
O medo do fracasso causa estresse.

Ai fico levando folha para o ninho,
Já que não me sinto apto para as artes
Em partes eu sigo meu caminho,
Mas com certo medo dos infartes.

Vou andar com o amigo Sócrates
Que depois de tanto conhecer,
Fez a conclusão de nada saber,
Vou juntar ele e o Maneco,

Vou levar água na peneira
como disse o seu menino
E nos despropósitos estimo
Ir com eles para a Natureza,

Na sabedoria do seu silêncio
E la, quem sabe eu apareça,
Me abrace com amor gentil
E aproveite tudo que eu mereça.








Nenhum comentário:

Postar um comentário