segunda-feira, 26 de agosto de 2019

A deriva

Quando partiu do medo de perder
A minguante vontade de te dizer.
Os brindes ficaram sem os olhos,
E os corpos ficaram sem a analogia,

Tornaram-me vazio de poesia,
Meu copo sem uma gota de amor.
Vou levar para reciclar essa teoria
De amor enxuto, para amor absoluto.

Por que o amor não se oculta a vista,
Ele vem amostra, solando, repleto,
Trazendo a tona o seu lado secreto,
E isso envolto do convívio vivo

Que se aprende no vinculo verídico,
Na conexão entre duas grandezas.
Não se pode considerar o amor,
O esconderijo das suas fraquezas.

O ato de amar, é se jogar no mar,
Ali suas emoções estão à deriva
E o manejo delas revelam o afeto
Que enseja o arrojo de se expressar

E quando é possível se expressar,
Ah... tu sente uma certeza sabe!
Te permite permear a existência,
Faz o existir ser sinônimo de sorrir.

Se sentir, estará segura para explodir,
Para dizer meias verdade sem medo
E o rochedo, ele se dissolve em flor
Cultivado na rega do acolhimento.

É na confiança que constrói o amor,
É na liberdade de poder se expressar,
É no ser acolhida quando precisar,
É poder ser você quando preciso for.






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