Ao me deitar só, na cama.
Nem a chuva de lagrimas
Me faz sentir preenchido
Na verdade não tem chovido
E me tornei ainda mais vazio,
Como uma nuvem preta no céu
Que não derrama uma gota.
Ela entra e deixa o dia nublado,
É isso eu estou o dia nublado.
Eu estou aquela tarde cinza,
Que nem ao menos chove.
Enquanto chovia ainda sentia,
E sem sentir... Eu fico oco,
Um coco seco, que não sacia.
Não tem sentir para dar.
Tudo que sente é pura ilusão
Uma miragem sedenta de amor
E quando chega no oásis,
Na verdade chegou no sertão.
E o sertão me fez um visionário
Enquanto agonizava de ilusão,
Me fez parar de correr atrás do não
E deixar de ser da ficção missionário.
Agora voltei a ser semente,
E tenho muitos frutos a dar,
Mas vou ficar aqui quietinho
Esperando alguém me regar.
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