quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Soneto do Desencontro

Como o olhar suporta
Ser grande ver o inalcançável
Depois ser tímido, não enxergar
Somente olhar sem devorar

Como o abraço suporta
Ser longo, sentir o extremo
Depois ser curto, não encostar
Somente abraçar sem sufocar

Como pode o amor suportar
O desfazer de um encontro
Que do amor se fez

Como pode o amante suportar
Um sussurro que hoje é
Pouco e amanha talvez

2 comentários:

  1. ju! paraben, adorei esse poema! quem diria, eu tenho um irmao poeta! te amo! xxx

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  2. Cara, ju. É exatamente o que sinto. Parece que tirou do meu peito e transcreveu fio a fio de uma parte de mim...

    Perfeito!

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