quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Dança Experimental

Eu entrei no salão para dançar,
Mas tava uma confusão entre mente e coração.
Me lancei no dialogo literal
E os corpos acabaram dançando, flutuando.

Teve de dança carnal até emocional,
Teve mordida boa, sensual
E teve mordida ferida, de lamento
Que por rebento trouxe o medo do fomento.

Por sonho eu queria tanto, tanto,
Por medo eu tanto fugia, corria.
Ainda mais que pela dança eu percebia
Que algo dentro ou fora havia agunía.

Algo que não me prendia, me levava,
Me levava para os sonhos antigos.
Antigo e náufrago, onde navega vícios,
Vícios que escondia, mas ainda os trago.

Ou melhor trazia, por que quando a beijei,
Lá os deixei, no beijo de despedida
Despedida do palco da atuação que forjei
Que ao apagar das luzes foi partida.

Aquela que não esquece a rota
Que enche o barco de tesouro, ouro...
Que brilha a consciência,  a barriga,
Traz abundância das experiências já vividas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário