Olhei as fotos de quando criança
E me lembrei do sabor da pureza
De um menino que só ansiava
A existência de quem o amava.
Como toda criança anseia
Ele só queria ser amado, desejado
E poder amar quem o rodeia
De presença e não de presentes.
Porque o presente muitas vezes,
Vem para ocupar a presença,
O vão que se crava no coração
E ai esquecemos da ausência.
Somos preenchidos de presentes
Que no futuro, nos condenará
A dependência do objecto,
Fazendo-nos consumir direto.
O consumismo passa a preencher
As carências do nosso sentir,
E ai quando você vai entender
Parou de existir, foi consumir.
Foi consumido pela maquina
Pelo padrão de precisar de mais!
Agora para e reflete...
Todo esse querer não é demais?
Será que nós podemos aprender
Que o amor está aqui dentro?
Que esse satisfazer de fora
Preenche mais logo vai embora.
Que não importa o jeito que for
O único meio é o amor.
To falando do amor próprio
Primeiro se amar no ócio.
E isso não é egoísmo não,
Por que depois estar se amando
O amor entra em ebulição
E ao outro ele vai transbordando.
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