sábado, 12 de outubro de 2019

A importância dos insignificantes

Eu fui subir no pé de mangueira
Para chupar um pouco de altura.
E la vi que as estrelas brilhavam no cair do dia.
Que o azul do céu na verdade era um abraço do nada.

E de nada, me supria o sorriso
de um punhado de crianças.
Que mais valia o canto de uma cigarra do que afinação.
Que o silêncio do vento só é quebrado pela lagrima.

Um dia eu fui de atrevido cair no irreal.
E foi assim que virei borboleta.
Eu vi as cores do branco que se vê no olhar que pensa,
Mas não é que pensa em algo importante, mas sim nas peraltagens.
Naquelas paisagens que só vê aqueles que nada vê.

Eu fui encantado pelas travessuras
Fui sair de sabedoria e voltei de pernas mansas.
Me amanheci com os pulos nas costas e fui florescer de mato.
Poque me atrai a simplicidade de que precisa o mato para crescer.
E foi assim que descobri o jeito insignificante de ser.

E isso me salvou de quem eu era
Da minha cansada vontade existir.
Poque pedi para uma criança se aproximar da minha existência
E ela acabou pulando no vento, olhou para o chão e sorriu.

E foi ai que descobri a importância do chão
A vontade de tragar um arzinho e andar em volta de mim
Nessa volta que conheci o Maneco, e ele me fez enxergar.
Conheci a importância de fazer parte dos insignificantes.



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