sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Meus medos

Eu tenho mais medo
Da vida do que da morte
A morte eu sei o enredo
Um dia ela me levará.

Já a vida eu preciso traçar,
É de responsabilidade minha
Eu decido que rumo tomará,
para onde minha vida caminha.

E sobre a vida penso na verdade
Viver ela na sua sinceridade.
Porém ela é uma relatividade
Não existe só um ponto de vista.

A verdade do meu eu idealista
É a mentira do outro panorama
Não é nada certo ter a conduta
Que minha verdade é absoluta

E já que muita verdade derrama
Porque todos enchem seus copos,
Os copos bêbados de conceitos,
Gestando assim os pré-conceitos.

Quem sou eu pra julgar engano,
e dizer que o que é seu foi erro,
Se é da característica da natureza
Soprar sons da orquestra em piano.

Cada tecla tem sua nota,
Infinitas possibilidades de ser,
E se nós tocássemos a vida
Não seriamo nós o agiota.

Não iriamos nos cobrar o exito
O ideal exagerado por si mesmo
A dualidade do mundo exausto
Que se some no ensaio cego.

Ai nego a semiótica da geografia
Enrico com as nobres conquistas
No fogo que arde na Amazônia
Na seca que bebe avidas vistas.

Na sobra que afoga os oceanos,
Na doença que fazem do nutrir
No cobiça que reduz o dormir
Na imposição de tantos tiranos.

Abremos o motor da circulação
Troquemos eles em volto aos braços
E vivemos não mais na comparação,
Na imagem, mas sim em nossos passos.




























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