quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Do novo para o original

Eu estava caminhando pela relva
Buscando o real ou abstrato novo
Foi dentro da semente do maracujá
Que jaz a fogueira de alguns anos
Eu vi a dor agarrada na fogueira.

Ela pregava a existência dura
Na fagulha desnuda de moldura
Onde a arte escorre bem arteira
Crava a criatividade costumeira
Costura o fogo que apaga crescente.

Cheio estava o jardim futuro
As idéias regavam os grilos
Estridulavam o traço inseguro
Entravam no anseio os sigilos.
Torto foi o fio da gargalhada.

A jangada vinha sendo puxada
Uma lesma trazendo a água
Eu mesma fiz intima a ferida
A autópsia avistava a proa
Fez o novo encontrar a volta.

De volta em volta na evidência
Atravessou o tempo de borboleta
Voltou a ser uma apalpa Original
Deixa fujir de ver verde luneta
E sorri junto do antes e do qual.




Nenhum comentário:

Postar um comentário