sábado, 8 de fevereiro de 2020

Verdade ou mentira, oque você atira

Eu vi você falar sílabas agudas
Que craseavam falsas no tempo
Eu sabia da turva boca torta
Que não falava a cor natural


Foi ai que aprendeu a dominar
Entoando palavras sem cor,
Mentiras que geram neblina
Embaçando os lírios da clareza.


Nasce um broto verde de dúvida
Logo temos o crescer da floresta
matas densas de flores mentirosas
Ardilosas raízes do falso poder


Quando rasga o céu da boca
A cadente promessa da mentira.
Uma bala perdida você atira
Matando um corpo que acredita


Sabendo que mata a verdade
Quantas balas você irá mentir?
E não fale que isso é escudo,
Ninguém se defende com mentiras.


Serve para encobrir faces escuras
Criar falsas curas que entorpecem
Ensurdecem a voz do modesto
E incônscio começa o protesto.


A mente daquele ralo descrente
Exala o cheiro de quem menti
O odor do medo escorre na pele
E repele a coragem de ser.


Uma sociedade de pós verdade
Com tantos sopros desafinados
E ouvidos sendo padronizados
Ainda Insiste em beijar mentiras.

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