Não se dorme mais no hotel
E o veraneio de fim de semana,
Não é mais o refugio da vida.
Até mesmo onde mora Inerte
Os pés tem pisado a vivo,
Se não fosse hoje,
Talvez a Inerte ainda estivesse
Perdida no berço da construção.
Tem criatura a chorar de prendura (ato de estar preso)
Nas lagrimas das suas escolhas.
Já que esse açude é seu,
Tu estas a beber da sua familia
Feita aos moldes da boneca Emilia,
Que não se trata de boneca comum,
Foi costurada a mão, artesanal.
Talvez seja o tempo do dialogo
A fala em goles de matar a sede
Sede de viver atemporal.
Hora de ganhar um toque de afeto
E avizinhar os que amam
Reconhecer os de perto
Nas suas nuances esquecidas
Ou que agora estão amadurecidas.
E vale lembrar da liberdade
Essa de poder se banhar nas aguas
Que não banham a desigualdade,
Dos que ainda vestem a rotina
E são espostos ao que assassina.
Presos na preocupação da frente
Onde passa o bonde das verbas
E se não sobe, soa sangue
As veias entopem de nervoso
E as feiras passam fome.
Eis que esses ainda visitam hoteis
Dormem fora e moram na rua
Visitam seus afetos antes de dormir
E não podem vivenciar a casa
Estão voando sem ter asa.
Me disse uma frase o hoje,
Tu deixe de desaforo
E goze do seu aforo, privilégio
De dar as mão aos segundos
E poder entrar na porta que abriu.
Entrar e enfim poder encontrar
A felicidade nas coisas acerca
Parar de sair embriagado afora
Procurando onde ela mora
Se já sabes onde a tens .
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