Há tempos eu desejo escrever sobre isso,
Mas nunca me deixei,
Pra mim foi dificil escrever
para alguem que me apaixonei,
Antes mesmo de nascer.
Quando o vento sobrou no seu ventre,
Levou o meu sentido,
Era eu e ela e agora vinha o entre.
Perdi o saber do que estava sentindo.
A principio era confuso.
No entanto o tempo trouxe o desfecho
A batida rítmica da vida
Trazia evolução, uma nova melodia
E nesse compasso, fui aprendendo,
Descobrindo o ser paterno.
Percebi que o criará quando o vento soprou
Que aquela turva confusão,
Sem o sentido do sentir, era o sopro.
Que aquele sentimento era o nascer
De um pai novo.
Que naquele momento, tomava a decisão,
De ser pai de prontidão,
Nem sabia mais era isso que acontecia.
Porem tudo que é novo deve haver o pratico
E o estudo, vivenciar e estudar.
Meu caminho de pai, levou sim a estudar,
Eu sentia, mas não sabia.
Eu tinha que aprender esse novo papel.
Fui me conhecer, deixar o que não queria mais
Acabar com ciclos terminais.
Foram duas primaveras florindo buscas,
Agora era hora de plantar,
Dos estudos passei a vivenciar, estar na presença
Tudo que me tirava disso ficou no ar
E ao filho fui me dedicar.
Hoje depois de muitos verões de sol na cabeça,
Esquentando as emoções,
Sinto de corpo e alma que escolhi ser pai,
É uma escolha, mesmo que o filho/a nasça
Você tem que escolher
Só depois que toma conciencia dessa escolha,
Sentirá o que estou a te dizer.
A relação pai e filho e muito mais que prover,
É dedicação, amor, vivenciar e trocar.
Ensinar e aprender.
É mostrar que ser gente não é engolir o choro,
Mas ensinar a poder sentir.
Chorar junto para que depois possam sorrir,
É mostrar que ser gente é poder errar
E juntor vamos melhorar.
Enfim cabem um monte de adjetivos aqui,
Mas o que quero dizer,
É para que se tem um filho ou vai ter, escolha
Seja pai, seja mãe se dedique, não se deixe cair
Só assim a humanidade pode evoluir.
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