Eu andava por ai ouvindo histórias,
Aquelas contadas pelo coração.
Aquelas que eram memórias
Ditas pela ingênua imaginação.
Elas vinham todas do interior,
Lugar onde mora a verdade,
Chama atenção pela autenticidade,
Depois faz embelezar o exterior.
Sinto que hoje me perdi por ai,
Ouço histórias do reino de lá.
O que você me conta na palestra
É contrário do escrito na sua testa.
Abro o livro das suas histórias
Vejo elas sendo contadas por outros,
Vejo você contando outras histórias
E as suas a milhares de quilômetros.
Nesses contos há grandes desejos,
Alguns querendo mudar o mundo,
Alguns deixam os nossos lampejos
e saem do um e vão para o segundo.
Sinto Saudades dos vários enredos
Aqueles contados quando era criança
Onde não tínhamos os grandes medos
E as histórias eram da nossa essência.
O mundo era tão bom de se ouvir,
Não havia nada a se corrigir.
É hora de colocarmos vírgulas e lenhas,
Mudando as nossas próprias resenhas.
Então nossas histórias se alinham,
Vão de encontro a nossa natureza
E a sua infinita e efêmera Beleza,
Onde a vida e a morte caminham.
Sem a história do felizes para sempre,
Com um início, mas sem o ponto final,
Reescrevendo-a, mudando-a sempre,
Partindo sempre do seu conto natural.
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