segunda-feira, 6 de abril de 2020

Tudo que eu não falei

Hoje, não venho dizer nada,
Esse é o jeito que eu  me abro.
Tudo que escrevo hoje, é fato
Mas na sombra do desconhecido

Eu tenho uma ardente angustia
aquela que corrói, que degrada,
feito ferrugem que esfacela o peito,
Mora de cautela em baixo da cama.

Toda bagunça do meu intimo,
É o monstro de baixo da cama,
Que traz insonia para o acordar
Bom, agora não vamos falar dela.

Não te digo nada sobre a tristeza,
Onde acordo ainda sem família,
Mas sonho em compor essa partitura
Já que não a escuto desde a amargura.

Eu até já ensaiei um família,
Mas não era a minha novela
Foi difícil perder o capitulo dela.
Por isso gravei a fita e reprisei.

E então outra coisa que não digo,
É sobre o medo avistado da janela
Que aqui dentro não tem ninguém
E de fora pode ver a sala da inércia.

Será que eu nunca vou esta em casa,
Eu sinto que ainda não a construí
E morro de medo de ficar na rua,
Sujeito a caridade da auto estima.

E não vou dizer onde é o esconderijo
Por que tenho prazer de estar lá
Faz com que o tempo não exista
E tudo passe, passa que até eu passo.

Passo de tal forma que nem se vê
Correndo para os braços da esperança
E nela querendo, onde isso vai dar,
Mas esquecendo de hoje estar sendo.

Então chega o momento que não falo,
Mas de jeito nenhum, zero eu falaria
Que eu sinto falta interna e externa
Que não a reconhecimento de si,

Que eu me assombro de tal maneira
Que não vale nada tudo que eu fiz
A cicatriz esconde esse belo sorriso
E eu não vou te dizer qual é a raiz.


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